tuas curvas desalinham meu horizonte
desorientado, és meu norte
guio-me em tua direção
o caminho da minha vida está onde estiveres
ponho o corpo perdido pela estrada
os zunidos cortam o ar, dilaceram os pensamentos
num impulso salto em disparada
perdido, esbarrando em outros destinos
o corpo pende, caído, a mão toca a terra úmida
passando por entre os dedos
que já te tocaram
o horizonte deformado é tão distante
melhor ficar com as costas tocando o chão
olhando o céu, liso e límpido,
sem teus traços nele
fecho os olhos,
tuas linhas e curvas misturadas à terra úmida de minhas mãos.
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