segunda-feira, 28 de junho de 2010

em cada jardim

o homem prostrado, com os pés fixos
imoblidade, fragilidade
buscas e conquistas em tantos anos
e só hoje conseguiu sentar numa cadeira,
mirar o horizonte ao longe.
e agora consegue ver o que poderia ter sido,
tudo que deixou...

estavam lá esperando por ele,
horizonte, jardins, flores
o tempo castigou a pele, as marcas do tempo
e uma vaga lembrança da feição jovem

largaste tudo por tão pouco, estais arrependido?
a juventudo é burra, cega, ignorante
não sabia o que buscar,
impossível ver o que estava ao meu lado,
tudo por pequenos troféus estúpidos que enferrujam à estante

eu mesmo, que já estou enferrujado, alquebrado,
fico sentado, à margem de tudo,
admirando o que resta do tempo e da vida em mim.

pequeno sopro e tudo se esvai pelo vento que vem do leste.

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