até pensei em matar o coitado do gato por causa desse comentário, pensando que ele também pudesse ter ouvido a sugestão e, num ímpeto curioso, esperasse em tocaia eu pegar no sono profundo para poder saborear minha carne envelhecida. não o matei, pode ser que eu queira jantá-lo qualquer dia desses quando os meus suprimentos estiverem escassos e quiser economizar a última reserva de comida para a minha derradeira ceia.
afinal de contas, quando tudo estiver por um fio, eu e o gato, seremos animais soltos e, ao mesmo tempo, isolados dentro da selva que será o apartamento do quarto andar no leblon.
esquece tudo isso, bichano... a polícia está chegando, já posso ouvir a sirene da viatura e as botinas dos homens fardados surrando o chão da escada e logo mais a porta irá ao chão e estarás salvo.
- quem é?
- é a polícia! está tudo bem, senhor?
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